29.12.06

planos para 2007 - meta 3

nada. absolutamente nada.
apenas o meu direito à preguiça.
desconfio de todo e qualquer ser humano que adora o seu trabalho.
trabalhar é uma merda!!!
felizes são as vacas
que passam boa parte do tempo olhando fixamente para direção nenhuma.

27.12.06

planos para 2007 - meta 2

a violência sempre exerceu um papel fundamental na sociedade: ela criou formas de organização que pudessem mediar conflitos e fortalecer laços sociais até então pouco sustentáveis.
noutras palavras, todo ser humano precisa ser violento alguma vez na sua vida. eu quase não sou assim. tenho vontade muitas vezes mas a minha ridícula origem cristã acaba me bloqueando sempre.
em 2007 tudo será diferente. existem três pessoas que realmente têm me incomodado nos últimos tempos. três figuras abomináveis. haverei de encontrá-las e, no momento certo, esmurrarei-as sem dó nem piedade. no fim ficarei tão machucado quanto elas. minhas mãos terão cortes e sangrarão. mas pelo menos terei alcançado mais uma meta para o ano que começa.
quem são esses caras? bem, eles sabem quem são eles e é melhor que nem leiam isso pois prefiro pegá-los de surpresa.

26.12.06

planos para 2007 - meta 1

resolvi planejar minha vida para 2007. contarei esses planos por partes.
Meta 1:
devo começar pela virada do ano. tive uma visão. ano passado não foi muito bom. cortei o pé horrivelmente e nem beber eu pude. passei toda a noite entre o dia 31 e o dia 1º reclamando de dor. foi foda! nunca mais quero passar por isso.
tenho que me recuperar desse insucesso. vou beber até desmaiar na areia. levarei uma rede e dormirei na própria barraca. tudo para evitar andar da pousada até a praia quando for continuar bebendo na manhã do primeiro dia do ano. só.

25.12.06

tempos difíceis, como sempre serão

Encontrei ao longo da minha vida quatro ou cinco pessoas que de fato resolveram não levar muita coisa a sério. Dessas, duas meteram uma bala na cabeça e desistiram cedo. As outras, vagam errantes com pouca esperança imaginando que o fim está perto.
Lembro certa vez quando cheguei na casa do Valmar e ele ouvia Electric Funeral, do Black Sabbath. Era um ritual particular de enterro daquilo que ele chamou o seu atestado de óbito. Achava que não duraria muito, que teria pouco tempo e aquela era a música fúnebre que ouviria no último suspiro. Ele não foi um daqueles dois que não teve paciência e foi embora mais cedo. Ele ainda tá por aí.
Quarta passada, me ligou e disse que me amava. Depois foi enfático: "cara, eu tô fodido, na merda total..." Tava bêbado o velho amigo na hora do telefonema. Imaginei que ele duraria pouco e que dessa vez realmente a música do ritual iria ser ouvida. Não por mim.
Hoje, moro longe e o Valmar faz parte das minhas lembranças dos tempos de Manaus. O velho amigo irá partir um dia. Eu também. Não sei se ainda ouvirei o Sabbath sem que não possa lembrar daqueles tempos. Tempos difíceis, como sempre serão. Viver não é mesmo a coisa mais simples do mundo. Perder a paciência é o mais nobre momento dessa relação delicada. Coragem de poucos. Duas pessoas que conheci meteram uma bala na cabeça e desistiram cedo.

para Valmar, velho amigo



o ventre

veio de repente. tão de repente quanto o som. ecos nas paredes verde-musgo. lugar assim. medo. coração saltitando. descompasso. transpiração acelerada. sombra do delicado corpo. luz penumbra cúmplice. cheiro quente. correr. desistir de tudo. era lindo. ser feliz. estranhamente feliz. só. com força me segurou. boca no meu pescoço. língua no meu ouvido. beijo. som. repugnância. agora. já não pensar em nada. ele me consumir. eu o consumir. sentir ao mesmo tempo. agressão. troca mútua de empurrões e pontapés... e socos... e jogados nas paredes que não era mais verde. perder a consciência. acordar. ido embora.

para Dill

20.12.06

primeiros acordes de let's lynch de landlord

acho que nunca fui refém da musica pop.
na verdade, a música, de uma maneira em geral, mudou minha forma de ver o mundo. não só a música, mas o cinema e a literatura também.
tento seguir em frente, ler outros autores, ver outros filmes e descobrir novas bandas. busco o de sempre: vitalidade, sinceridade e nenhuma frescura.
gosto daquilo que é direto, sem rodeios, one, two, three, four na melhor fase dos ramones. pouca conversa.
desconfio com vêemencia da grandiloquência, da correção política e da roupa bem passada por dentro da calça sem nada de errado com ela. aprendi a ser assim ouvindo punk rock, vendo os filmes de david lynch e lendo bukowski.
também não gosto de nenhum tipo de militância. "resolver os problemas do mundo é coisa de vagabundo", dizem os replicantes. penso, sinceramente, que em toda forma de militância há algo de esquizofrenia. não acredito na coletividade e acho que o egoísmo é a mola propulsora da humanidade.
todo mundo precisa de ópio.
eu tenho alguns. tomar cerveja é um dos meus favoritos. tem gente que prefere ficar metido dentro de igrejas, trabalhando compulsivamente ou fazendo campanhas que não levam a nada. para alguns, "fora da caridade não há salvação". eu tô fora disso. não quero ser salvo. quero ficar perto de quem amo, gosto ou tolero. e ponto final.
um tempo desses resolvi perder peso.
consegui. 12 quilos em 5 meses. como? tomando cerveja e comendo menos. cheguei a essa conclusão: pra que comer se existe cerveja? é o meu ópio. e eu não troco pelo de ninguém. não tenho barriga e isso prova que o problema é o tira-gosto.
passa de meio dia e eu enchi linguiça, como se diz no ceará. queria ouvir agora os primeiros acordes de lets lynch the landlord, dos dead kennedys e ter porra nenhuma pra fazer. eu gosto, sabe.
penso que não me tornei refém da música pop.
fazer o que?

18.12.06

um jambeiro belíssimo

"Tristeza não tem fim, felicidade sim".
Essa bem que poderia ser a letra de uma canção pop dos anos 80.
Parece incrível, mas toda uma geração de pessoas como eu, na média de 35, 38 anos de idade, sofre de um mal eterno: uma enorme compulsão para a tristeza.
No livro Alta Fidelidade, de Nick Hornby (leitura obrigatória) o personagem afirma que todas as pessoas realmente tristes que ele conhece são amantes de música pop e mais, não sabe se a música pop os tornou assim ou se ela é assim por conta dessa melancolia. E, a partir disso, paro pra pensar onde vai dar toda essa tristeza. Será que ela é verdadeira ou faz parte de resquício da juventude vital para se permanecer vivo. Uma pessoa sempre feliz pode existir de fato? Por que eu nunca gosto de quem ri demais? Por que nunca consigo ser otimista?
A Geração dos Anos 80 tá bem perto de chegar aos 40 anos. Boa parte, segue tentando encontrar formas alternativas de felicidade. Alguns aderiram ao modelo yuppie, outros, desfilam por aí com as suas camisas dos Smiths e estão sempre em busca de alguma coisa diferente, alguma banda que preencha o vazio deixado no peito. São pessoas que nunca estão totalmente bem, estão sempre "indo" e certamente, não sabem pra onde. Ouvem música com a mesma fidelidade de outrora. Procuram nas novas bandas uma espécie de continuidade ao que se construiu nos 80'. Um legado, talvez. Essa é uma forma de permanecer renovado, de satisfazer o ego provando pra si mesmo que "não parou no tempo". Mas, em qualquer oportunidade, no mínimo sintoma de uma crise de angústia, tome Smiths, Cure, Joy Division e afins. É uma doença!
Falo dessas bandas mais pops porque, na minha compreensão, o heavy metal não deixou esse tipo de lastro. Talvez o punk sim. Aliás, todo punk que se preze deve ter hoje em torno de 35 anos. Não acredito em nenhum punk com menos de 30. Não há nada mais punk do que tentar sobreviver sem grandes perspectivas.
Alguns amigos tem reclamado bastante de suas condições de vida atual. Sinto-me nesse bloco. Passar dos 30 e não ter, digamos, uma vida normal, condicionada e responsável pode causar danos irreparáveis. São situações constrangedoras nas festas de confraternização do trabalho, nas reuniões das escolas dos filhos, na vizinhança, enfim... Sempre tem alguém que chega, nesses encontros e pergunta: "não gosta dessa música não?". E, porra, tudo acaba se resumindo a música que está tocando.
Há todo um complexo de espaços sociais onde você sempre se sentirá deslocado e com aquela enorme vontade de fugir, chegar em casa e colocar pra rodar aquele cd ou vinil daquela banda que você idolatra. No caso do vinil, maior gravidade. Aqueles que, como eu, cultuam a velha bolacha e acabam transformando cada uma de suas audições num verdadeiro ritual de nostalgia etílica estão em pior situação.
Me pergunto e esse é o objetivo dessas mal traçadas linhas: o que será de tanta tristeza, melancolia e rebeldia tardia depois que passarmos dos 40?
Sinceramente, nem sei se era isso que eu queria escrever. Mas hoje é sábado, são nove horas da manhã e acho que vou retirar o meu som que toca vinil do quartinho onde fica. Penso em ouvir Tom Waits, Replicantes, Sugar Cubes, Sex Pistols, Violeta de Outono, Laurie Anderson, Smiths (é claro), Vzyadoq Moe, Dead Kennedys, Cure, (...), (...), e outras coisas mais.
No fundo do meu quintal, há um jambeiro belíssimo. Lá, tem uma sombra imperdível e acho que tem carne pra churrasco na geladeira e alguma bebida. Nem sei se posso ser mais feliz do que isso. E olha que o Gabriel ainda dorme!
Alguma sugestão?

fichas não caem mais

TEXTO ANTIGO, ESCRITO EM 2001. ACHEI LEGAL COLOCAR AQUI.
AFINAL, POUCA COISA MUDOU...

FICHAS NÃO CAEM MAIS

Não sei o que anda acontecendo.
Quarta-feira, fui a um bar da cidade onde, segundo propaganda dos jornais, músicas de diversos estilos seriam tocadas com reprodução em vinil. Idéia legal, há certo charme e poesia nisso, a princípio. Além do mais, sou um daqueles dinossauros que teima em guardar algumas centenas de vinis e vê nisso um tipo de resistência ou sei lá o quê. Bobagem.
Mas o fato é que fui. Cheguei cedo demais e um amigo já me esperava sentado numa mesa tomando calmamente a sua dose de rum.
Daqui a pouco, chegaram os djs, outras pessoas, várias conhecidas e tudo começou.
E tome música: pinduca, bossa nova, mpb aos montes, edith piaf, roberto carlos, teixeira de manaus (sic!) e outras coisas mais.
Nas mesas: modernos, pós-modernos, pré-modernos, heavies, garotas e garotos espertos.
Algo estranho? Não sei. Uma ex-amiga se aproximou da mesa e perguntou se alguém havia me enganado. Como assim? Não, porque a idéia aqui é exorcizar. Como? Exorcizar o que? Que tipo de demônio?
Daí caiu a ficha.
Lobão, fez uma música ou um disco - não me lembro muito bem - chamado "Nostalgia da Modernidade". Era algo assim que estava acontecendo ali, naquele ambiente.
Pessoas buscando um passado perdido ou negado de alguma forma. Exorcizando seus próprios medos e demônios interiores. O passado. Qual? Aquele negado em prol de uma atitude moderna: música eletrônica, rock and roll, baratos afins.
Ah, então era isso. Sabe aqueles discos velhos dos seus pais que você sempre quis quebrar ou jogar fora em atitude de rebeldia? Pode ouvir a vontade... e nem precisa tirar o piercing. É moderno ouvi-los agora. E pode até chamar os amigos. Eles também vão gostar!
Assim, cheguei a uma conclusão definitiva: não há nada, absolutamente nada que eu queira exorcizar em mim. Muito pelo contrário. Adoro discos em vinil e tenho centenas deles. E são bem diversificados até. Vão de Billie Holiday a Sex Pistols, Mutantes, Black Sabbath, Chico Buarque e até Eddie Cochran.
E aí caiu outra ficha. Eu não sou um cara tão moderno assim.

Até porque, fichas foram substituídas por cartões.

14.12.06

morrer de amor

decidiu assim. simples e certeiro.
dissipou as dúvidas e resolveu o impasse:
queria morrer de amor.

das últimas dores extraiu o supra-sumo.
de todos os amores a arma letal.
do único amor, uma certeza:
seria simples, certeiro talvez.
caminhou até a beira e olhou...
saltou.
durante a queda se arrependeu.
poderia amar mais.
pra que? duvidou.
então acordou.
se arrependeu.
era certo e preciso:
morreria de amor sim.
simples desse jeito.


10.12.06

o algoz cumpre sua sentença

Fuminho bobo. Coisa à toa. Falar a verdade deu nem pra bater. Os caras foram chegando. Pescoção direto. Camburão doce camburão. Sala fechada depois. O algoz cumpre sua sentença. Direito de ficar calado. Advogado se tiver. Maconheiro safado. Dessa não escapa. Sorriso leve antes de bater a porta.

***

Demora pinta mais um. Direito de ficar calado. Advogado se tiver. Bater a porta. Sorriso leve.


***

Sei não. Intenções com certeza. Levanta. Fixa-me. Cai de joelhos. Me segura. Chora. Por favor só um pouquinho. Garganta seca. Pontinha da língua dá arrepio. Vai ver até gosto. Sinto-me estranho. Coisa sem lógica. Vontade de chutar a boca. O algoz cumpre sua sentença.

sem limão nem sal muito menos vinagre

tomava surras homéricas.
do marido beberrão.
tipo bigodão oleoso pontudo até o fim.

...

sonhava com a festa dos 25 anos.
vestido longo novo azul cintilante.
casamento nem tanto apenas longo.

...

o desgraçado algoz de tanto tempo.
gostava de salada de pepino.
presente escolhido para as bodas de prata.

...

ela havia de enfiá-lo no seu cu.
sem piedade redondo e tenro.
sem limão, nem sal, muito menos vinagre.

...

vingancinha simples e honesta.
típica do formato frágil corpulento.

sexo indefeso mais ou menos assim.

2.12.06

enchi o saco do tal de falcão

talvez tenha um problema sério e não saiba. problema de saúde mesmo ou, no mínimo, uma falha de caráter atroz, irreparável. como um tumor malígno que corrói minhas entranhas.
digo isso por um motivo simples: não sei diferenciar asa branca de luar do sertão. cantar uma dessas músicas muito menos. acho o luiz gonzaga no máximo exótico, torço o nariz pra cultura popular e odeio dançar ciranda. digo mais: amarelo manga é uma merdinha pretensiosa que ninguém gosta mas não tem coragem de assumir.
odeio falar de música com algumas pessoas que convivo. motivo simples: acho o jorge vercilo um picareta e, aqui entre nós, não há coisa pior que o ivan lins e o oswaldo montenegro.
o problema sou eu mesmo: me emociono com os primeiros acordes de god save the queen e chorei com o final de veludo azul. sou irrecuperável.
nenhum pudor em deixar uma coisa bem clara: acho a juliana paes ultra gostosa e aconselho minha amigas a questionarem seus novos namorados acerca disso. se ele não achar a mesma coisa que eu melhor correr pra bem longe. where is my mind?
essa noite, irei dormir preocupado, terei pesadelos com o geraldo azevedo e acordarei com o meu vizinho ouvindo uma música do rappa. esqueci de falar disso: enchi o saco do tal de falcão.
uma falha de caráter atroz essa minha, irreparável.

...quase vomitei

-Acho que cheguei no ponto máximo, defini os meus limites. Assim, impossível mudar qualquer coisa em mim daqui por diante. Vivo bem, relativamente bem. Volta e meia entristeço, encho a cara, ouço rock and roll (isso sempre!) e leio cada vez mais compulsivamente.
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-Os livros, eles me fazem perder um pouco a noção do real e, ao mesmo tempo, me fazem perceber o meu real particular. Dessa forma, poderia ser um personagem de mim mesmo? Não sei. O que você acha disso?
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-Vivo sob uma ameaça iminente de perda...
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-Perder! É legal quando você começa a se acostumar com isso. E pessoas como eu acabam tendo um instinto compulsivo para a valorização das derrotas. Há um certo culto à tristeza, à melancolia e à angústia. Mas droga, isso talvez seja poesia de fato, mesmo que eu não consiga escrevê-la, materializá-la com eficiência.
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-Tenho, e sempre tive - não há qualquer forma de constrangimento em demonstrar isso - um problema profundo com a poesia. Acho que de tanto conviver com tipos metidos a escrever ou fazer poesia de qualquer merda, passei a desconfiar profundamente de qualquer forma de tentativa vil nesse sentido.
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-Sei que, secretamente, alguém pensa algo do tipo: “esse cara é um idiota mesmo, vivendo essa vidinha medíocre, uma rotina massacrante e fazendo essa pose de moço rebelde”. Sabe do que mais, concordo. A opção pela rotina é uma forma de permanecer vivo e, desde os 23, desisti de morrer tão facilmente.
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-Segundo Arnaldo Antunes, “essa vida contém cenas explícitas de tédio nos intervalos da emoção”. E a emoção é um dos momentos mágicos dessa merda toda. Vale tudo: uma música antiga, boas lembranças, um livro maravilhoso, o Gabriel dormindo quieto, a Frida balançando o rabinho quando chego, um filme que me faça rir ou chorar, um gol do Vasco aos 45 do segundo tempo, a Nádia dormindo ao meu lado quando acordo de madrugada. Sei, idiotice, idiotice, idiotice. Melhor se afundar num quarto escuro, numa cama solitária? Não sei.
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-Nesses dias que se passam, tenho me tornado mais alegre e mais reflexivo. Cultuo um pouco de solidão, poder ficar só de vez em quando, não ter com quem falar ou mesmo nenhuma voz pra ouvir. É difícil pra mim conseguir isso. Mas eu tento... eu tenho tentado.
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-Volta e meia, ainda me pego olhando para um ponto fixo como se nele pudesse acontecer alguma coisa diferente. Nesses momentos, consigo sentir o que eu sou e o que quero. E me sinto feliz, mesmo que o meu semblante possa demonstrar profunda tristeza, melancolia ou algo parecido com isso.
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-“Quanto a mim, o me mantém vivo é o risco iminente da paixão e seus coadjuvantes: o amor, o ódio, o gozo e a misericórdia”. Da primeira que li isso num livro de Rubem Fonseca, foi como se tivesse descoberto o elixir da longevidade.
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-Há algo fundamental para a perpetuação de qualquer relacionamento, seja amoroso ou de qualquer natureza: é preciso cumplicidade.
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-Nossa, que final babaca! Quase vomitei agora.