5.8.09

patsy cline e o sol de meio-dia

olhava para o alto e o sol quente fervia o sangue
que escorria e fritava no asfalto em pleno meio-dia.

patsy cline em seus sonhos mais doces

dizia para que ele acreditasse mais um pouco.

a partir dali, só pensava que queria um rosto amigo,

uma expressão familiar entre os curiosos

que olhavam enquanto agonizava.

sim, agonizava...

patsy cline e o sol quente de meio-dia.

no bolso esquerdo da calça xadrez

um bilhete de ruth

que dizia apenas "valeu querido, quem sabe outro dia".

2 comentários:

Joice Nunes disse...

cara, adorei esse texto! mesmo!!!

D. disse...

Ruth, deixa o telefone, Ruth te faço uma canção.

Ruth é das mais sabidas.