9.1.08

piscando, piscando

a imagem da luz forte sobre os olhos,
piscando, piscando...
música alta, quase inaudível de tanto.
ela passou perto assim, quase longe de tão perto.
resolveu ir atrás,
desceu as escadas, dobrou a esquerda e seguiu reto.
uma esquina, duas esquinas... outras esquinas.
então, sem mais nem menos, ela sumiu.
ele continuou, reto, sempre...
piscando, piscando.
quando o dia amanheceu ele ainda tinha fôlego
pra seguir em frente e continuar procurando.
sol forte, calor, ruídos da rua e várias sons urbanos.
muitas luzes, pessoas estranhas.
quando cansou de tanto andar, já pelo meio-dia,
sentou.
baixou a cabeça, o sono veio, começou a sonhar
novamente, com ela.
decidiu que quando acordasse
andaria de novo, em linha reta...
atrás dela, sempre.

3 comentários:

Anônimo disse...

que bom que voltou a escrever. muito bons os textos!

Anônimo disse...

“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo.”
CL

Anônimo disse...

comovente...a linha reta atrás do equador.