Idéias, devaneios, pensamentos, contos, crônicas e declarações de "amor, ódio, gozo, misericórdia".
24.6.07
velhinhas
as velhinhas sonhavam com um asilo perfumado e cercado de flores lírios copo de leite e dois metros de altura do pé pisante sobre as merdas das cadelas no cio sem cachorros para penetrar-lhes o cu até a boca. o lar para idosos são jorge ficava nas colinas maranguape quinhentos e oitenta acima do mar. os visitantes tenros e sadios chegariam no domingo às cinco da tarde. coitados! mal sabiam da diversidade de facas e garfos que atravessariam-lhes as tripas num lindo entardecer. tal como o armagedon de flores mortas e secas do outono fora de época. tudo isso ao som de uma valsa de rossini.
catchup apimentado
Depois de 20 anos resolveu assumir o até então desvio apontado pelos pais como obra do demônio aleluia irmão!. É certo ter sonhado com garotas um dia. Agora pensava no suor salgado e ocre da pélvis musculosa rígida do vizinho do lado esquerdo. Esperava o momento de degustação com catchup apimentado do pênis 26 centímetros segundo a lenda bem mastigado com medo de futura gastrite e despesas extras com remédios chophytol por aí afora. Uma questão de saúde.
19.6.07
uma carta como antigamente
o tempo que corrói
queima minha inspiração.
vou tentar te mandar uma carta
como antigamente,
assinada com sangue
tirado do pulso esquerdo.
irei declarar meu amor
e sorrir no momento fatal.
como sempre sonhei.
escreverei um poema como esse
ou melhor e irei embora.
saudades de ti meu bem.
da última gota do sangue
que foi teu um pedido de desculpas.
poderia ter sido melhor.
queima minha inspiração.
vou tentar te mandar uma carta
como antigamente,
assinada com sangue
tirado do pulso esquerdo.
irei declarar meu amor
e sorrir no momento fatal.
como sempre sonhei.
escreverei um poema como esse
ou melhor e irei embora.
saudades de ti meu bem.
da última gota do sangue
que foi teu um pedido de desculpas.
poderia ter sido melhor.
4.6.07
***
vomitou. depois da noite o dia e por fim o desespero. haveria de ser assim para todo e sempre. amém.
2.6.07
aos poucos, lentamente
na queda, tentou segurar o corpo
velho e cansado com as mãos calejadas.
quebrou o pulso e sentiu a dor da queda
mais o crac do osso quebrando no momento crucial.
o calor do asfalto quente pouco incomodou.
ainda no chão, antes do último suspiro,
olhou para a lua,
cheia como sempre sobre o céu estrelado.
os olhos iam se fechando aos poucos, lentamente,
como quase tudo na vida honesta porém patética.
lembrou de quase nada.
percebeu a sua miudez
quando não teve nada para recordar.
então resolveu que seria mesmo melhor assim.
não faria falta nem seria lamentado por ninguém.
sorriu e viu uma nuvem cobrindo
a lua cheia sob o ceú estrelado.
contou até dez e fechou os olhos.
sorriu o riso derradeiro...
morreu.
velho e cansado com as mãos calejadas.
quebrou o pulso e sentiu a dor da queda
mais o crac do osso quebrando no momento crucial.
o calor do asfalto quente pouco incomodou.
ainda no chão, antes do último suspiro,
olhou para a lua,
cheia como sempre sobre o céu estrelado.
os olhos iam se fechando aos poucos, lentamente,
como quase tudo na vida honesta porém patética.
lembrou de quase nada.
percebeu a sua miudez
quando não teve nada para recordar.
então resolveu que seria mesmo melhor assim.
não faria falta nem seria lamentado por ninguém.
sorriu e viu uma nuvem cobrindo
a lua cheia sob o ceú estrelado.
contou até dez e fechou os olhos.
sorriu o riso derradeiro...
morreu.
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